/* */ Cor Sem Fim: Eu perguntei, Volco&Gignoli responderam

Eu perguntei, Volco&Gignoli responderam

"Em que língua te respondemos?" Perguntam eles em espanhol.

"Em portuñol!" Não poderia ter havido resposta melhor.

Com eles em cima do palco do Pequeno Auditório do CAEP e comigo sentada na plateia (ora à frente, ora atrás), tivemos uma conversa simpática com ensaios pelo meio.

Conheceram-se em Buenos Aires e não tocaram juntos nos doze anos seguintes. Depois disso algo despertou neles e juntou-os para fazerem magia. Tocam desde que se lembram: (Sebastian) Volco costumava sentar-se ao colo da sua "abuela" e tocar no piano.

Ainda relativamente às suas infâncias, o brinquedo preferido do (Pablo) Gignoli era o piano; o de Volco era a bicicleta. O primeiro diz que, o primeiro concerto a que foi, foi a um teatro de música clássica para ver uma sinfonia; o segundo foi a um concerto de blues.

Têm um estilo de música que mistura o tango com o rock e o jazz de uma forma tão bonita que dá vontade de fechar os olhos para sentir tudo aquilo. Pediram, até, para tocar uma música às escuras. Não vos passa pela cabeça o bonito que foi.

Sebastian Volco

Enquanto grupo definem-se como comunicativos, enérgicos e espontâneos.

Já tinham estado em Portugal e adoraaaaram o público em Setúbal: foi muito "hermoso". Também gostaram do público na Alemanha (esta gente corre mundo e em Portalegre não é apreciada!). Gostavam de tocar no Tango Loft, em Vila Real e em Bragança e se pudessem tocar com um artista vivo ou morto, Gignoli tocaria com o Miles Davis e Volco com o David Bowie.

Entre frutas e vegetais, Gignoli disse logo que preferia carne; Volco escolheu as frutas.
Entre campo, cidade ou junto ao mar (para um local de concerto) Volco escolheu junto ao mar; Gignoli na cidade.

Nunca tinham tocado em Portalegre (e provavelmente ficaram um bocado desiludidos) e aquilo que mais queriam naquela noite era que a música soasse bem e que as pessoas se divertissem e aproveitassem. Eu fiz isso tudo e ainda desenhei (apaixonei-me por aquela concertina francesa), mas houve quem preferisse ficar a falar (Gignoli no fim perguntou se "alguém sabia qual era o melhor sítio para falar com um amigo". A resposta foi "naquela sala". Not cool guys, not cool.).

No fim do concerto tirei uma foto com eles. E eles responderam à minha última pergunta: o que acharam dos espaços do CAEP? "É uma sala bonita com um piano lindo."

Gostava que eles voltassem.


Pablo Gignoli


"A música é a arte de combinar os horários." - Pablo Gignoli





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